Arquivo da categoria: Estratégia

Walmart suspende compras de Açúcar União e Açúcar da Barra, ambos fabricados pela Cosan

Lembram quando postamos aqui o boicote das redes varejistas as carnes produzidas em areas desmatadas? Pelo que parece o Walmart está realmente levando a sério seu compromisso com a sustentabilidade, recebi esta noticia no grupo de discussão Varejo Sustentável.

O Walmart Brasil informa que suspendeu temporariamente o contrato de compra da Cosan – fabricante do Açúcar União e Açúcar Da Barra, entre outros. A empresa foi incluída na lista das companhias que empregam trabalhadores em situação análoga à de trabalho escravo, do Ministério do Trabalho e Emprego. O Walmart é, desde a criação, signatário do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo no Brasil. Além disso, a empresa reforçou o compromisso contra o trabalho escravo durante o evento do “Pacto pela Sustentabilidade Walmart Brasil”, realizado em Junho de 2009, reforçando a adoção de restrições comerciais às empresas e suas subsidiárias flagradas utilizando-se de mão de obra escrava ou análoga. O Walmart reitera que repudia veementemente qualquer prática que não respeite os direitos humanos.

O texto acima foi enviado pelo jornalista Dal Marcondes do site Envolverde – Ambiente, Educação e Sustentabilidade.

Veja abaixo reportagem sobre o assunto que saiu no Jornal da Globo, segundo a reportagem a Cosan consegiu uma liminar e esta fora da dita “lista negra”, seria bem melhor se ela tivesse saido por méritos e não por processos burocráticos. A reportagem cita também a Nike, que ficou queimada na Europa por usar trabalho infantil da Ásia.

Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.

Ebictda com "C", o efeito Copenhague na análise da criação de valor de uma empresa

Texto de Eduardo Athayde publicado no jornal Valor Econômico  do dia 04/12/2009

A partir de Copenhague, o EBITDA ganha um "C" passando a Ebictda (Earnings Before Interests, Taxes, Carbon regulation, Depreciation and Amortization)

Diferentemente das outras cúpulas mundiais, Rio 92 e Johannesburgo 2002, que construíram caminhos para o futuro, Copenhague 2009 decidirá os próximos passos da economia global. Metas oficiais de redução de emissões, inclusive a brasileira, comprovam isto. Copenhague não é um evento, mas um momentum quando fatos marcantes revelam as transformações em curso, governantes, empresários, cientistas, ambientalistas e artistas, lutam juntos por saídas da economia de alto carbono, com custos e prazos já definidos.

A partir de Copenhague, o Ebitda, indicador usado para medir a musculatura e a capacidade de geração de caixa das empresas, ganha um "C" passando a Ebictda (Earnings Before Interests, Taxes,"Carbon regulation", Depreciation and Amortization), incluindo a emissão de carbono (representante dos gases de efeito estufa) como item na avaliação do potencial das instituições.

O componente "C", dotado de inteligência nova, passa a integrar os sistemas de gerenciamento de risco das empresas, monitorando a parcela de responsabilidade nas 45 gigatoneladas de CO2 equivalente/ano de emissões globais, indicando oportunidades de atuação na economia de redução de carbono que, ao inverter a curva de crescimento de emissões até 2020 criará mercados globais de US$ 2,5 trilhões/ano em produtos e serviços de baixo carbono.

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Consumo Sustentável, o que eu ganho com isso?

Muito temos ouvido falar de sustentabilidade, consumo consciente, redução de impactos etc. Mas me diz uma coisa, você realmente já parou para pensar o quanto isso pode ser vantajoso (economicamente) para você e sua empresa?

O consumo sustentável tem como premissa que eliminemos os desperdícios. Sabe  aquele excesso de embalagem quando você vai a feira (que gera lixo desnecessário), aquele dvd-player que você deixou em stand-by (que consome energia),  ou aquela vez que você preferiu pegar o metrô ao invés de caminhar uns 15 minutinhos? Esta é a proposta, que você escolha pelo produto/serviço/ação que produza o menor impacto possível ao meio ambiente, e além de reduzir a sua pegada ecológica e proteger a natureza, você ainda pode ganhar financeiramente com isso.

Sabe o almoço de domingo, com aquela clássica combinação: macarrão e coca-cola nada saudável, você de última hora vai até a padaria comprar uma garrafa de 2 lts de Coca-Cola e acaba pagando cerca de R$ 4,50 por tão discutível bebida, enquanto isso eu vou a mercearia da esquina, com as minhas duas garrafas retornáveis de 2 litros devidamente  acondicionadas em minha ecobag, e gasto somente R$ 2,58 (posso não reduzir o impacto para a minha saúde, mas a economia para o meio ambiente e meu bolso estão garantidas).

E a própria Coca-Cola tira proveito econômico disso (além das questões de Coca marketing, é claro). Edição da Revista Exame de agosto, mostra uma tendência de  redução de embalagens adotados por grandes empresas, que além do apelo ecológico resultam em redução de custos. Como exemplo, cita a nova embalagem da Coca-Cola de 290ml, que alcançou uma redução de 25% na quantidade de vidro utilizado. A reportagem fala também do case da gigante Unilever que através de intensas pesquisas, conseguiu reduzir a embalagem de seu amaciante Comfort de 2 litros para 500 ml, mantendo o mesmo rendimento, e com isso calcula obter uma redução de 79% de água no processo produtivo, 58% de plástico na embalage, e a utilização de somente 1/3 dos caminhões anteriormente usados para o transporte.

Viu!? Todos tem a ganhar, e o seu consumo é sustentável? E seus produtos?

Saiba mais sobre campanha do Real Sustentável de incentivo a sustentabilidade, e visite também o Blog da Cybele Meyer.

Regulação amplia práticas voltadas para a responsabilidade social

Notícia divulgada no jornal Valor Econômico em 29 de julho de 2009 pela jornalista Célia Rosemblum

A  responsabilidade social é uma tendência em alta nas empresas. Pelo menos 50% delas adotam no mínimo 22 de 56 práticas consideradas significativas para caracterizar o comprometimento com o desenvolvimento sustentável, que supõe equilíbrio entre aspectos econômicos, ambientais e sociais. Grande parte das iniciativas em curso está em áreas de impacto direto para a sobrevivência dos negócios ou relaciona-se a regulamentações. São ações nos campos da proteção das relações de consumo e nas relações de trabalho realizadas por 60% das companhias.

Esse diagnóstico emerge de uma pesquisa realizada em 2008 pelos institutos Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Akatu pelo Consumo Consciente que será divulgada hoje em São Paulo. Executado pelo IBOPE, o levantamento tem como base uma amostra principal de 721 entrevistas com empresas dos setores industrial, de comércio e de serviços e foi complementado por estudos paralelos de segmentos como finanças, energia elétrica e farmacêutica.

A comparação com um estudo similar feito pelo Akatu em 2004 mostra que o número de práticas em vigor nas empresas brasileiras, cuja média ficava em 11, dobrou em quatro anos.

 

Leia o artigo na integra: link (via @VarejoVerde)

Cadê a sustentabilidade que estava aqui.

É provável que nos últimos tempos uma das palavras mais pronunciadas no meio empresarial e adjacências tenha sido sustentabilidade. Pronunciada em vão, talvez vacilante, sem muita convicção e conhecimento de toda a gama de significados que essa causa carrega. Acima de tudo, minha percepção é que, ao se falar deste fascinante tema, sempre faltou algo fundamental quando se fala de comunicação: alma.
Partir da perfeita compreensão e significação simbólica e concreta, antes de aplicá-la em discursos e peças de comunicação, é um primeiro passo essencial. Engajar-se na causa da sustentabilidade exige que se trabalhe obrigatoriamente a interdependência entre três amplos conceitos – social, ambiental e econômico. Quanto mais presentes e equilibrados entre si, mais acertado é o caminho escolhido pela organização praticante. Mas podem existir casos em que a mão pese mais em um ou dois destes conceitos.
Não há uma regra rígida, mas sim uma atitude inegociável: olhar para o mundo na perspectiva destas três vertentes, aguçando a consciência, a atenção e o cuidado em se considerar o indivíduo em todos os seus papéis e a sociedade em todas as suas necessidades e aspirações, futuras e atuais. Sob este prisma, investir em ações de empreendedorismo, inclusão social, distribuição de renda, uso consciente dos recursos naturais e orientação financeira surgem como decorrências naturais de uma crença, uma causa maior.
No entanto, ainda existe uma dose considerável de ceticismo no mercado; algumas empresas e executivos não acreditam ser possível ter um bom retorno financeiro e fazer negócios respeitando as pessoas e o meio ambiente. O que podemos é mostrar argumentos que provam o contrário. O mercado financeiro comporta bons exemplos de que cada vez mais investidores individuais e institucionais direcionam seus recursos para empresas que desenvolvem ações com foco na sustentabilidade, pois sabem que essas empresas têm um futuro mais promissor. Aliás, um bom argumento é uma pesquisa realizada recentemente pela consultoria A.T. Kearney sobre a performance de empresas sustentáveis no mercado financeiro.
Após analisar 99 empresas, a consultoria concluiu que, durante a atual crise econômica, as companhias que têm um comprometimento real com a sustentabilidade apresentaram uma melhor performance no mercado financeiro quando comparadas aos seus pares. Em 16 das 18 indústrias pesquisadas, as companhias reconhecidas pelo foco em sustentabilidade tiveram uma performance 10% melhor do que seus pares; em seis meses, a diferença de performance foi de 15%, o que corresponde a uma média de US$ 650 milhões de capitalização por empresa.

 Leia o artigo na integra

Por: Fernando Byington Egydio Martins, Diretor Executivo de Estratégia da Marca e Comunicação Corporativa Grupo Santander Brasil.

Esforço para colocar mais verde na prateleira

O Wal-Mart quer usar sua recém-lançada linha de produtos “saudáveis”, a sentir Bem, como vitrine para seus esforços em prol da sustentabilidade. Por isso, definiu critérios rigidos para os fornecedores. Os fabricante de alimentos que usam embalagens cartonadas, por exemplo, foram obrigados a comprá-las de gráficas com o selo verde do FSC. Apesar do esforço, a linha aind anão é 100% verde. Frutas e legumes continuam sendo acondicionados em bandejas de isopor, material cuja reciclagem é considerada complexa e onerosa. “Estamos ainda procurando um substituto economcamente viável para elas”, afirma Julia Pettini, diretora de marcas próprias do Wal Mart.

 

Fonte: Texto retirado integralmente na Revista Exame, edição 948 de 29/07/2009, página 81.